A polêmica da palmada tem sido discutido nos últimos anos não é? É por isso que hoje vamos falar sobre os maus-tratos que também podem ser através das palmadas.
Você sabe o quanto essas atitudes prejudicam o desenvolvimento saudável da criança e quais são as consequências na fase adulta?
Sabemos que as famílias atuais são mais propensas ao diálogo, empatia e compreensão. Essa é uma realidade diferente de parte das famílias do século passado que usava mais da violência e medo para educar.
De modo geral, as consequências dos maus-tratos podem ser físicas, emocionais, cognitivas e sociais, e esses tipos de consequência geralmente estão interligadas. Por exemplo, uma pancada na cabeça de uma criança pode causar lesão cerebral que resulta no atraso cognitivo e problemas emocionais e sociais. Pais negligentes ou indiferentes aos seus filhos (e acredite, esses pais existem) podem causar os mesmos efeitos traumáticos no desenvolvimento do cérebro.
Mais objetivamente, esses são algumas consequências que observamos na prática clínica: problemas na saúde física, mental e emocional; desenvolvimento cerebral comprometido; dificuldades cognitivas, linguística e no desempenho escolar; problemas na formação de vínculo afetivos e relacionamento sociais; problemas de memória e, na adolescência, é maior o risco de fraco desempenho escolar, delinquência, gravidez precoce, uso de álcool, drogas e suicídio.
Alguns estudos também pontuam que pelo menos 15% das pessoas que sofreram maus-tratos na infância, acabam se tornando pais agressores.
Você sabe por que algumas crianças que sofreram abuso crescem e tornam-se antissociais ou abusivas, enquanto outras não?
Existem muitos estudos que buscam entender esse fenômeno, alguns apontam que fatores genéticos contribuem para a pessoa se tornar antissocial ou não. Outros estudos apostam na resiliência. De fato, muitas crianças maltratadas apresentam um nível de resiliência extraordinária. Otimismo, autoestima, inteligência, criatividade, humor e independência são fatores de proteção, o apoio social e afeto de um adulto também são ferramentas importantes para que a criança lide com as consequências dos maus-tratos.
De modo geral sabemos que as experiências dos três primeiros anos de vida formam a base para o desenvolvimento futuro, ou seja, esse período é fundamental para a estrutura da vida adulta.
Outra questão importante de ser relatada é que nem todo pai que “abusa” faz isso consciente ou de propósito, apesar de ser bem difícil de olharmos para os agressores dessa maneira tão compreensiva.
Se você vivenciou essa situação sabe o quanto a criança pode se tornar “problemática”, aparentemente ela costuma ser mais desobediente e rebelde, ou completamente introspectiva e reclusa. Isso acontece por diversos motivos, mas um dos principais para as crianças mais rebeldes é o fato dela ter aprendido que a comunicação ocorre de forma violenta e agressiva e que não existe outras formas de se comunicar (pois esse foi o exemplo que recebeu dos adultos por perto).
Portanto, quando estivermos perto de crianças que passaram por esse histórico, tenhamos mais empatia, maturidade e tranquilidade para lidarmos com esse sofrimento, a criança nessa situação precisa do nosso carinho e não do nosso julgamento.
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Até a próxima,
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